quinta-feira, 19 de maio de 2016

BANDEIRANTE MANUEL NUNES VIANA

Os primeiros habitantes da região foram os índios caiapós. O bandeirante,Manuel Nunes Viana,  um português radicado na Bahia, ficou conhecido por atos de coragem que o levaram do sertão baiamo para a região mineira onde se tornou proprietário de lucrativas lavras de ouro. Também expulsou os índios e estabeleceu no local. As famosas feiras das frutas organizadas pelos membros da família da Mata deram o nome do município e até hoje ostenta o nome dessa nobre casa de Portugal. A emancipação política do município deu-se em 1989, quando desmembrou-se de Carinhanha.
Nunes Viana, nascido em Viana do Castelo,  cristão novo como muitos, viera para as Minas tentar a sorte como tantos outros, “a mascatear bugigangas, como tantos aventureiros reinóis, baianos, pernambucanos...”, caindo nas graças de Dª. Isabel “senhora dos currais que tinham sido de seu pai”, embora ainda sejam  ignoradas as razões ou a estratégia adotada por ele para conquistar essa confiança.
A procuração para administrar os currais de D. Isabel sempre causou um profundo e prolongado mal-estar ao Conde de Assumar; mas o poder de Nunes Viana  ainda cresceria bastante com o contrabando do ouro e apesar de seus levantes promovidos, por exemplo, “com a Guerra dos Emboabas, em 1708, com a sublevação da Barra do Rio das Velhas, em 1718 e com a de Catas Altas, em 1719”.
A procuração obtida da Dª. Isabel tornava Nunes Viana o “mantenedor da ordem entre o rio das Velhas e o médio São Francisco”, porém sua força  independia de ofícios ou patentes, afinal, ele mandava e os ajuizados obedeciam; e foram essas a razão que levaram o Conde de Assumar a se referir a ele dizendo que “não saiu do inferno maior peste, nem Deus deu aos sertões do Brasil maior castigo”.
“A decisão de Nunes Viana de aceitar o que a Coroa lhe oferecia foi sábia e apesar da alegada pressão dos seus para que se mantivesse no cargo, “renunciou em hora oportuna. E foi enriquecer no alto São Francisco, a cobrar – como um régulo – os foros que deviam os viajantes à dona daquelas terras até o rio das Velhas, D. Isabel Maria Guedes de Brito...”
“Sua presença na região do São Francisco foi aceita pela maior parte dos governadores que passaram pela Capitania de São Paulo e Minas Gerais a partir de então e até mesmo pelos governadores-gerais. Respeitavam os oficiais o poder de Nunes Viana e o direito contratual que este tinha de administrar as terras de D. Isabel naquela região para onde se retirou em 1710 ou 1711 e “até 1724, exerceu a autoridade de Mestre-de-Campo e pessoa de confiança de governadores como o Marquês de Angeja, que em 1717 se correspondia cordialmente com ele”.
“Foi aceito na prestigiosa e elitista Ordem de Cristo não obstante sua origem judaica, o que mostra a arbitrariedade com que se aplicavam as "leis de limpeza".
“Manuel Nunes Viana vivia como muitos cristãos-novos, dividido entre dois mundos: num deles pronunciava as preces judaicas, no outro levou suas duas filhas para serem freiras em um convento de Lisboa
FONTE - WEB ARTIGOS


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